segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Equações

Como mais um dia de todos os dias, sinto-me contra a parede.
Sei que não estou, mas sinto assim.

Como se todas as minhas opções em minha frente estivessem, mãos estendidas e dedos ligados,

mas alcançar eu não posso.

Como naqueles sonhos em que se corre, mas não sai do lugar, em que se quer agarrar o copo,

mas a mão o atravessa.

É isso que sinto.

Penso que talvez tenha escolhido o caminho errado naquela bifurcação que passou, mas como saberia o caminho certo se não opinasse?

Acreditei que ‘Todo lugar leva a algum lugar’
Mas deparei-me que todo lugar leva a algum lugar e eu sem senso de direção não sei para onde seguir.

Como sempre faço, espero. Sento. Durmo. Choro. Acordo.
Vestígios de você em mim.

Marquei na pele o dia do nosso encontro e o início de nosso desencontro.

Inalo odores que não imagino de onde vem, sinto um aperto no peito que sei que não é ali que dói.
O que dói não é meu coração, não é o meu corpo, o que dói é acreditar que a você entreguei meu coração, pulmão, fígado...

Desdobro-me em muitas para uma única ser. Uno-me para desvendar a multiplicação. Mas contas nunca foram meu forte.

Talvez esteja eu criando dízimas pensando que são porcentagens em uma equação sem x ou y.

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