quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Pessoinhas

Aprendi a gostar das pessoas, de algumas...

Aprendi a aceitar, talvez...

Aprendi a mentir, cresci...

Tem dias que coloco salto, outros sandalinhas que prendem no tornozelo...

Quanto mais conheço, menos entendo...

Meu pé de pimenta secou, mas minha orquídea floriu....

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Sexta com chuva

Os dias têm amanhecido em lágrimas.

Um choro contido marcando um desenho por onde passa.

Há momentos em que parece que o céu vai desabar,
como se um soluço acabe em desencadear um choro desesperado,
mas não, ele continua contido.

Tem quem chore junto ao dia, tem quem ria de momentos assim, para outros tanfo faz.

Em dias assim, não sinto vontade de abrir os olhos e levantar,
mas sei que não devo ao mar de lágrimas me entregar.
Visto cores para um mundo daltônico para quem sabe um cego eu fazer sorrir.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Maldade

Sabe quanto tempo eu impedi que a maldade saísse de mim?

Sabe quanto tempo eu quis o bem de todo mundo?

E fiz mundos e fundos pra poder ver as coisas cor-de-rosa?

Não, né?

Pois é... a vida é uma caixinha de surpresas.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Horizonte

Parece até que eu já sabia.

Será que quando nascemos, sabemos exatamente como será a nossa vida?

No que diz respeito à aceitação, comportamento e atitude?

Parece que eu já sabia, por isso por tanto tempo neguei a minha existência nesse mundo.

Tiraram-me de um casulo e mostraram que fora dele existia um mundo cheio de vida, cores e sabores. Apoiaram-me enquanto fortalecia as asas.

Voei. Cai. Levantei e voei de novo. Pra quê?

Se descobri enquanto voava, a beleza das formas e dos movimentos, dos pensamentos e sentimentos. Mas acima de tudo, descobri que voar não era aquilo e que voava de uma forma errada.

Disseram-me que não deveria sentir o que sentia, pensar o que pensava, fazer o que fazia, comer o que comia...

Pra que voar se meu vôo não é aceito?

Devo eu ao casulo voltar?

Devo eu então viver uma eterna mentira?

Incrivelmente sei que todos pensam como eu, sentem como eu, comem como eu, mas se negam a agir como eu. Portanto estou errada.

Hoje tento me enganar sendo um alguém que não sou, voltando todos os dias ao meu casulo e lamentando um horizonte que nunca será meu.