quinta-feira, 5 de março de 2009

Traço

É compreensível por mais que não aceite, mas prefiro as pessoas como pessoas à pessoas como outras.

Gosto de pessoas que mostrem que são humanas na expressão de sentimentos sejam eles felizes, tristes ou indiferentes.

Gosto de ouvir histórias de vida e não saber a moral da história. De ver os olhos brilharem, de observar os lábios se mexerem e as marcas do rosto traçar linhas.

De ver a combinação de tamanhos e cores a cada dia na escolha para se mostrar ao mundo, o modo de posicionar os fios de cabelo, em que perna apóia mais o peso do corpo que carrega. Os braços que andam soltos ou presos nos bolsos.

Pessoas que emitem personalidade e opinião, não pessoas que alimentam ser o reflexo da sociedade, de um ícone, um ídolo. A poesia está na composição, na criação, na sensibilidade da escolha, não no resultado final.

Cada pessoa uma história por mais que se enganem ser o outro. Não se escolhe, se é. É o caminho quem nos torna e não nós que tornamos o caminho. A vida nos faz, inesperadamente, por mais que escolhamos quem seremos na vida.

A imagem é só um reflexo que permite a admiração, como uma orquídea florescendo, não se é a flor, mas a análise que se faz sobre a beleza, força, crescimento, cor e delicadeza.

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