Aprendi na faculdade coisas sobre equilíbrio, harmonia, sobreposição, transparência...
Olhei pela janela, como todos os dias eu faço, o que mais reconheci foi o contraste.
E o contraste que agora é inexistente no sul do país.
Todos juntos, unidos, sem nenhuma outra norma ou regra do que a união.
O mundo continua, a vida luta e as pessoas tentam o suicídio.
Por que continuo viva?
Os animas cometem suicídio?
Será que as plantas se negam a absorver os sais minerais da terra?
Por que pessoas saudáveis não querem mais compartilhar, enquanto outras que menos possuem ainda lutam para sobreviver?
O que faz recomeçar do zero vírgula dois?
O que eu tenho feito para as coisas melhorarem?
Eu tenho que continuar por que a mulher que me pede uma ajuda lá fora é muito parecida com a minha avó.
Nem entre as coisas construídas nas grandes cidades tem equilíbrio e harmonia. Até nisso uma coisa quer se sobrepor à outra e não construir uma grande arte.
É terra, lama, água, muita água que tem tentado lavar a humanidade. Não só no sul do Brasil, mas também na Ásia, na América do Norte...
É muita água que cai e é muita água que falta para beber.
E eu nos pergunto por quê?
A história se refaz a todo tempo, nos faz perder, criar, construir, reconstruir, sensibilizar, rir, chorar pra aprender a amar.
Será que somente pela dor que se chega ao amor?
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