sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Medicamentos

Deu na rádio:

Ficou proibido que ‘artistas’ façam propagandas de medicamentos.

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Qual o critério e qual a definição para a palavra ‘artistas’?
O que são artistas, ou melhor, quem são artistas?

Que tipo de arte? O que é arte?

Os medicamentos não deveriam ser vendidos somente sob prescrição médica?

O que é a propaganda?

O que define a proposta da propaganda?
Deveria eu poder escolher a medicação que achar mais bonitinha e tomá-las como se fossem doces balinhas açucaradas?

Roubo do que?

Enquanto tentava entender, re-criar os conceitos sobre a existência dos seres, suas atitudes e razões.

Pego-me a quase engatar a primeira marcha, seguida pela ré.

Vislumbrei esse pensamento em diversas vezes seqüenciais.

Assassinato? Seria eu capaz?

Senti algo embrulhando meu estômago e sufocando minha respiração.

Olhavam-me como se fosse uma presa e eu sentia-me como tal.

Mais uma vez, surpreendo-me com minhas reações, encaro o maior entre eles.

Neste momento, não sinto medo como pensei que sentiria, mas é um enorme sentimento de raiva que me esmaga por dentro confundindo-se com dó.

Por que entráramos em guerra?

Sairíamos todos machucados, certamente.

Passou.

Nada aconteceu. Nada aconteceu?

É a sucessiva seqüência de nadas que nos enfraquece e nos torna inertes.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Entre-palavras

Quem é você?
Tudo o que eu queria ser.

Uma cor:
Vermelho

Uma palavra:
Respeito

Quem foi você?
Eu não fui, eu sou

Como você se vê aos 79 anos?
Pelo espelho

Quando você percebeu que estava madura suficiente para andar sozinha nas ruas?
Ainda não percebi

Por que trocou de profissão?
Cada momento um evento

Por que decidiu continuar seus estudos?
Estudar e aprender enriquece a alma

Qual a sua relevância na sociedade?
Nenhuma

O que você tem feito para cumprir o seu papel como ser humano?
Amo

Qual o papel do ser humano?
Amar

Um cheiro:
Erva doce

Uma idade. Por que?
Seis, porque vem depois do cinco e antes do sete

Uma pessoa:
Eu, não conseguiria viver sem mim

Um sonho:
Deixar a vida sem perder minha identidade

Um pesadelo:
Todo pesadelo merece uma reflexão

Uma realidade:
A desumanidade da humanidade

Uma frase:
Viva o presente de forma que no futuro possa olhar para o passado e se orgulhar

Conte uma história de amor.

E por falar de amor...

Lendo o seu “pai” não pude deixar de pensar no meu, que não me ensinou a ler livros, nem jornais, mas me ensinou a ler os olhos e de um modo diferente a ler a vida.
Não me levou ao cinema, mas me ensinou a dançar, literalmente, e também a acompanhar os passos da vida. Me proibiu de tudo, inclusive brincar e me expressar, porque seu amor era tão grande e seu limite tão pequeno. Me ensinou a ver além das fronteiras da carne. Desrespeitando, me ensinou a respeitar e amar as pessoas pelo que elas são e não pelo que parecem ser.
Com ele aprendi a ouvir o silêncio, a sentir o amor que estava atrás de cada castigo, porque suas mãos me castigavam, mas seus olhos me pediam perdão.
Não é engraçado? Quando se fala de amor só se consegue imaginar carinho, compreensão, ternura... e no entanto, as vezes, ele se encontra bem escondido atrás de uma muralha de absurdos. Porém, se você tiver perseverança e conseguir perfurar esta muralha descobrirá um tesouro.
Sou feliz por ainda ter meu pai e dispor do privilégio de mostrar a ele o quanto o amor dele foi importante para mim.
Aprendi que para a emoção, não existe regras nem padrões, e principalmente que nesta questão de pais e filhos não sei bem quem ensina quem, pois só obtive certeza de todos estes valores, depois que meus filhos vieram e me trouxeram a oportunidade de mostrar o que realmente aprendi, e me ensinaram aquilo que deixei escapar.
Aprendi que amor só é amor quando é incondicional.

O que é o amor?
O amor é como um bolo, ou seja, é o resultado do equilíbrio entre vários ingredientes. Paciência + Tolerância + Bondade + Entrega + Generosidade + Inocência + Humildade + Delicadeza e Sinceridade.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Depressão

Ainda vou falar sobre isso.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Caminhos

Caminhos cruzaram e os mesmos desviaram e nos distanciaram.

E agora aqui estamos novamente juntos. E isso por quê?

Nesse instante parte de mim junto a você quer estar.

Sorrir e sentir teu cheiro que não sei mais.

Não quero deixar esse momento passar e mais uma vez o tempo levar.

Não é dormindo que penso em você, mas acordada é que meu pensamento segue.

Não queria nisso pensar. Mas o não querer, o meu negar é o mesmo que estar.

E continuo aqui pensando, pedindo e negando o que queria não querer.