Não me importa se o fato de eu refrescar memórias, não consiga descubrir quem realmente se lembrou, mas eu esqueço a data do aniversário da minha mãe, tia, avó, namoro, casamento...e isso não significa que não ame as pessoas ou os momentos.
Eu sei que não é uma data que muda um sentimento, um pensamento ou um comportamento, as datas são números que se repetem todos os anos para nos lembrar dos momentos, e esses são importantes pelas sensações e lembranças.
Não sei se é por ser o último ano dos intes, mas cada momento desse dia significou um presente e cada presente um sentimento, um reconhecimento, um re-conhecimento.
Minha avó ao telefone “Parabéns fia!”, um abraço apertado, um pijama, 10 brigadeiros, um sorriso sincero, um “Bom dia mãe!”, uma orquídea rosa, um conjunto indiano azul, um bolo de morango, um beijo na boca, outro na testa, uns muitos recados na página virtual, outros no visor do celular.
“Parabén si! Felicidade eu sei que vc tem, então sei lá, dinheiro!!! hahaha bjo”.
Nos últimos dias dos meus intes reencontrei amigos, músicas, lembranças...e algumas vezes me pego pensando será que eu mereço tudo isso? Como foi que consegui cultivar tudo isso?
Choro pelas perdas, pela saudade, pelo buraco que ficou, a cicatriz que não fechou, mas nos últimos dias dos meus intes percebi que também chorarava por continuar.
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