quarta-feira, 2 de outubro de 2013

O rabo da lagartixa


E assim, em milhares de caquinhos ficaram seus sentimentos.
Caquinhos que se regeneram como rabo de lagartixa, mas que se quebram em milhares de outros caquinhos.
Como os olhos que tentam falar o que a boca não solta, mas que também não se entende.
A letra do olhar que não se lê. A letra do olhar que não se fala. Que não tem som.

Como os caquinhos que não se grudam.
E assim fica. Meio quebrado, meio colado, meio dito, meio olhado.

A lagartixa que pacientemente espera o vacilo do pequenino mosquito. E gelada segue seu rumo sem rabo.

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